Publicação mapeia os principais riscos a que estão expostos crianças e adolescentes nas cidades-sede do Mundial 2014. O guia apresenta também as iniciativas desenvolvidas pela sociedade brasileira para garantir os direitos fundamentais desses grupos etários durante os megaeventos esportivos
O Guia de referência para a cobertura jornalística – Grandes Eventos Esportivos e os Direitos de Crianças e Adolescentes demonstra a necessidade da sociedade brasileira estar atenta para situações que potencializam a ocorrência de graves violações de direitos, como exploração sexual, trabalho infantil e abuso de drogas.
Experiências internacionais deixam claro que os países-sede se tornam mais vulneráveis a este tipo de problema, sendo fundamental criar mecanismos de enfrentamento aos riscos gerados pelo grande fluxo dos turistas e demais condições associadas a um torneio das dimensões do Mundial de Futebol.
Nesse sentido, além de apresentar dados detalhados sobre a situação da infância e da adolescência brasileira e suas maiores vulnerabilidades no contexto da Copa, o guia oferece uma visão ampla sobre as ações que integram a Agenda de Convergência Proteja Brasil. A articulação tem caráter multissetorial, envolvendo órgãos das três esferas de governo, entidades da sociedade civil, organismos de cooperação internacional e representantes do empresariado. A operação se dá em nível nacional e local, buscando fortalecer as diferentes instâncias do chamado Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes. A iniciativa está sendo vista como importante vetor do legado social que, segundo se espera, resultará da realização da Copa no Brasil.
O papel da imprensa – O guia reconhece a importância central dos meios de comunicação tanto na identificação e denúncia das violações de direitos de crianças e adolescentes quanto na disseminação de informação sobre os mecanismos que buscam coibir estes problemas. Em relação à Agenda de Convergência, por exemplo, o documento descreve o pano de fundo legal e analisa sua estrutura operativa, que inclui um Plano Estratégico de Ação e um Comitê Nacional.
Em cada uma das 12 cidades-sede da Copa já foram criados os Comitês Locais de Proteção de Crianças e Adolescentes, que têm a responsabilidade de instalar, manter e gerir Plantões Interinstitucionais, que reúnem Equipes Itinerantes de Atendimento e fazem uso de Espaços Temporários de Convivência. Além da atenção dada aos estádios, as estruturas são disponibilizadas também nas proximidades dos locais de realização das Fan Fests, pelo impacto que estas provocaram nos índices de violações de direitos de crianças e adolescentes durante a Copa das Confederações, em 2013.
A publicação é uma realização da ANDI – Comunicação e Direitos em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDC) e o Conselho Nacional dos Direitos da Crianças e do Adolescente (Conanda).
Acesse o Guia na íntegra em: http://www.andi.org.br/infancia-e-juventude/publicacao/guia-grandes-eventos-esportivos
Fonte: ANDI