A Copa do Mundo de futebol da FIFA começa no dia 12 de junho e as avaliações das entidades da sociedade civil e dos órgãos governamentais sobre a real situação do sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente são divergentes. Para as entidades que integram a articulação “Entre em Campo – Redes Pelos Direitos da Criança e do Adolescente”, a situação é preocupante, pois as melhorias prometidas e anunciadas pelo governo não resolveram as fragilidades do sistema.
Ao contrário do que os representantes do governo têm declarado, o risco de aumento de violações é grande. Mapeamento dos cenários do sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente nos municípios que sediarão a Copa do Mundo de futebol, apresentado pela pesquisadora Graça Gadelha durante a III Oficina Nacional promovida pela articulação, revela que o quadro é desolador. Segundo ela, “a tragédia está instalada, independentemente da Copa”.
O diagnóstico apresentado aponta uma série de fragilidades e problemas nas redes de proteção dos direitos nas cidades-sedes da Copa. Além disso, foi constatado que não houve nenhuma melhora ou investimento para modificar a realidade nas cidades que receberão jogos da Copa. O mapeamento foi iniciado no ano passado, com organizações da sociedade civil e outras entidades estratégicas.
A articulação “Entre em Campo – Redes Pelos Direitos da Criança e do Adolescente” reúne a Rede ECPAT Brasil, Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, Associação Nacional dos Centros de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Seção Defense for Children Brasil (Anced/DCI Brasil), Fórum Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA) e Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).